A coleção verão 2011 da Cantão teve como tema: o céu é o limite, que aparece escancarado nas estampas que é um dos pontos altos da coleção. O desfile foi repleto de cores alegres e ar despojado – a cara da marca.
Na passarela, uma mulher celestial bem feminina que abusa dos looks ultra fluidos, levíssimos, bem suaves em cores luminosas como azul, laranja, pink, amarelo e marfim compuseram o infinito fashion do Cantão. A coleção foi composta por macaquinhos que parecem vestidos, shorts, bermudas ciclistas, capas (inspiradas no skydiving), falsas sobreposições (como no mini vestido de estamparia rosa e azul), parcas e tricôs. Essa mulher dos céus também é prática, com bolsos, zíperes, presilhas, parkas, náilons, resinados e lonas que são mais pesadas, porém mais úteis.
Destaque para os plissados e pregueados em peças de tecidos como tule, nylon, seda, musseline, sarja, couro e lona. As estampas de nuvens (claro!), com pássaros que voam entre planetas e florais que pareciam fogos de artifício.
Fechando o desfile, Fernanda Lima entra num modelo de vestido com babados que deu ainda mais charme a coleção.
Nos pés, tênis de cano longo de organza ou lona e mochilas tipo sacola (metalizadas ou superestampadas).
PRINTING
A Printing apresentou um belo desfile, inspirado nos Jardins Ingleses. Paisagens naturais e as formas arredondadas dos relevos e caminhos dos bosques aparecem nas peças de tons neutros como musgo, myosotis e hibisco.
Uma coleção bem trabalhada e coerente, que tornou mais jovem a roupa da marca.
Saias, vestidos, macacões, calças, casacos e blusas são modelados através da técnica do moulage. A desconstrução do tradicional trench coat inglês deu vida a uma série de peças como o colete musgo. Mais limpa e leve, a coleção vem com muitos bordados, sem parecer pesada, por conta dos materiais como chiffon, cetim, seda e organza.
Chapéus, echarpes, sapatos oxford, cinto de couro marrom fininho amarrado na cintura, colares e broches de flores de filigrana em metal envelhecido dão ainda mais charme a coleção.
MARIA BONITA EXTRA
Maria Bonita Extra apresentou sua coleção de verão 2011 que fala de romance, delicadeza e usa um grande jardim (perfurmado com capim limão) como pano de fundo.
Estamparia de tulipas, cata-vento, floral e jardins dão o tom da coleção, em peças fluídas, soltas e confortáveis seguem a linha superfeminina e romântica já característica da grife.
Na passarela, vestidos e chemises longos, shorts, tops, trench coats longos e curtos e saias. Babados, laços e corações (no macaquinho) aparecem na maioria das peças.
Os tecidos usados foram: Linho resinado, organza e tule. Toda atenção aos bordados com medalhas, com mini flores de massa e aplicações de coração de couro (sapatilhas vermelha e nude). A modelagem não favorece nem as modelos, muito menos uma pessoa comum. Os ombros estruturados e as partes de cima enrijecidas também são difíceis de usar – o que não combina com o tema escolhido, que fala justamente de coisas leves e delicadas.
Cintos, pulseiras, tiara, broches com flores, sandálias Anabela e rasteiras completam a coleção.
AUSLANDER
A Ausländer apresentou sua coleção de verão 2011 inspirada nos eventos musicais do Hemisfério Norte. Tudo, ao som ao vivo da banda canadense Dragonette, com direito a palquinho e grade separando a “ala VIP”.
A silhueta vai da ampla à colada ao corpo. São shorts curtos, camisas cortadas em modelagem de tops, jeans lavados (e rasgados!), microssaias de cintura alta, bodies, vestidões com apliques de rendas e estamparia de flores, jaquetas e coletes jeans desfiados e cutomizados com canetinhas e patchs. Apliques florais nos blazers masculinos e sobreposições de renda nos vestidos com modelagem de T-shirt fazem o contaponto com a moda rocker. Nos pés, botas de cano médio, open boots e tênis customizados pelo ilustrador Felipe Jardim.
A marca apostou em vários estilos, mas acabou se perdendo. A coleção explora mal todas essas propostas super interessantes, deixando tudo muito superficial.
ALESSA
O verão 2011 da Alessa vem inspirado na alquimia, falando de magia, bruxas e ciganas. A silhueta ampla repleta de plissados (à moda 70´s) e babados deram vida as túnicas e vestidos que ganharam bossa com bordados de canutilho e fios metalizados. Os tecidos escolhidos foram musseline, fluity, tule, crepe e cetim de seda.
Saias e vestidos superdecotados ou de um ombro só curtos ou longos, em estampas multicoloridas com pirâmides, obeliscos, grutas, cristais fazem parte da coleção. Looks com saias longas e fluídas, com camisas com frases do Ministério da Magia também fizeram parte do desfile. Destaque para os acessórios desenvolvidos em parceria com a designer Francesca Romana Diana: megacolares de metal e pedras variadas e braceletes com as estampas da coleção .
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